O animal foi reclassificação como um primatomorfo, ou seja, a coisa mais próxima possível de um primata, mas sem ser um primata. O estudo, liderado por William J. Murphy, da Universidade do Texas, consistiu de uma comparação genética ampla, envolvendo vários primatas e até mesmo outros mamíferos, e ajudou a solucionar uma grande dúvida: os parentes mais próximos dos primatas eram os colugos ou os musaranhos-arborícolas? O que demonstra isso é comparação entre a anatomia das espécies atuais e a dos fósseis. Para afinal descobrir qual dos dois era o mais próximo, Murphy e seus colegas examinaram quase 200 mil éxons -- regiões de um gene que contém o código para a produção das proteínas. Modificações em éxons compartilhados entre primatas e seus parentes poderiam resolver o enigma. E realmente, depois de um cansativo processo de comparação, a resposta veio: pequeninas diferenças, como por exemplo, o sumiço de pedaços de DNA, colocaram os colugos de forma cabal como o "grupo-irmão" dos primatas.
Indo mais além, os cientistas estimam que os colugos e os primatas formavam um único grupo pelo menos até uns 85 milhões de anos atrás, quando houve a divergência evolutiva que deu origem aos mamíferos planadores. Essa descoberta ajudará a saber quais mudanças anatômicas e moleculares ocorreram ao longo da evolução, para que os primatas pudessem surgir.
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