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segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Ateus do mundo, uni-vos!

Quem disse que religião não se discute? Eu não concordo com essa frase. Richard Dawkins muito menos. E mais, não só ele discute religião, como é um feroz militante contra ela. "Deus, um Delírio", é um verdadeiro manifesto ateísta, sem nenhuma vergonha de "sair do armário", termo irônico citado por Dawkins para demonstrar como a sociedade, majoritariamente religiosa, despreza os ateus com rejeição maior ainda do que contra gays, negros, judeus, etc. No livro, ele critica ferozmente o atual status quo na América, onde a defesa do ensino do criacionismo nas escolas tem tido forte apoio em detrimento do darwinismo. Tudo, segundo Dawkins, devido ao fundamentalismo cristão em voga na terra do Tio Sam. Mas ele desanca também os muçulmanos, demonstrando como estes transformaram sua religião em violência pura. Com isso ele pretende dar um basta na falácia do respeito a um conjunto de idéias, que além de serem provavelmente falsas, ainda por cima são nocivas ao desenvolvimento da sociedade, ontem e hoje.
Baseando-se na Teoria da Evolução, Dawkins tenta mostrar que não é necessário um Deus para ter projetado os seres vivos e suas sutilezas. A seleção natural se basta. A evolução é lenta e gradual, e portanto totalmente provável.
Esta obra-prima quer mesmo criar polêmica e dizer coisas que muitos agnósticos moderados só pensam, mas não tem a coragem de expôr. Chega de ouvir aquela famosa frase: "Como assim você não acredita em nada?". A mim não cabe acreditar em algo, mas sim observar as evidências que, sejamos realistas, nos trazem mais conforto do que ficar confiando no desconhecido.

Livro: Deus, um delírio, de Richard Dawkins (Tradução: Fernanda Ravagnani), Editora: Companhias das Letras.
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