É muito difícil de entender os reais motivos de um indivíduo que é contra a utilização das células-tronco em pesquisas. Argumentam que essa técnica significará o sacrifício de embriões em nome da "ciência fria e mecânica". E ainda acham que a pesquisa deve ser feita apenas com células-tronco extraídas de adultos. Pois bem, se eles acham isso não devem ter o menor conhecimento de como ela funciona. Vamos ver o último caso: é inútil trabalhar apenas com células-tronco adultas retiradas do próprio paciente. Pois aquele que sofre de doenças genéticas como distrofia muscular possuem o erro em todo o conjunto de células e, portanto, a própria célula-tronco seria uma propagadora do erro. Quanto ao primeiro caso, o tal dilema ético da utilização de embriões, deve-se dizer em alto e bom som que os cientistas só tem interesse nos embriões de 5 dias, com 0,5 milímetros e que possuem cerca de 150 células! Além desse detalhe, somente os embriões congelados há, no mínimo 3 anos e cuja doação foi autorizada pelos pais poderão ser utilizados. Em outras palavras, os inimigos das células-tronco preferem que uma pessoa adulta e doente morra, mas querem defender a "vida" de um pequeno amontoado de células geradas há poucos dias e cujo destino provável seria o lixo hospitalar. Cerca de 90% dos embriões que são gerados em clínicas de fertilização e implantados em úteros, mesmo possuindo as melhores condições possíveis para o desenvolvimento, não vingam. Esses são o alvo dos cientistas.
Mas os obscurantistas devem se orgulhar. Afinal um dos porta-vozes do movimento é o grande gênio George W. Bush!!!
Para saber mais sobre células-tronco, leia a entrevista que Alexandra Vieira, farmacêutica e bioquímica, pesquisadora da Fundação Zerbini/INCOR, em São Paulo, concedeu ao Terra.
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