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quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Evolução em Gotas - 2


Voltando às nossas pitadas da Teoria da Evolução falarei sobre um exemplo muito conhecido daquela, que as pessoas não se dão conta. Todo mundo já teve algum tipo de infecção na vida. Pode ter sido uma amigdalite, uma infecção intestinal ou um simples machucado inflamado. Sabemos que para combater bactérias, os médicos costumam receitar os clássicos antibióticos. Em alguns casos, depois de um certo tempo ministrando certo antibiótico para um certo tipo de infecção, percebe-se que as bactérias começam a apresentar uma resistência, ou seja, o remédio parece não funcionar mais. E como isso funciona? A resposta é: Seleção! Sim, o antibiótico funciona como um agente selecionador, fazendo com que as bactérias mais fracas e que não possuam nenhum tipo de resistência ao antibiótico morram de imediato, enquanto que as mais resistentes conseguem sobreviver a tempo de reproduzir-se e passar sua carga genética resistente para frente. Com o passar do tempo, forma-se uma população de bactérias, em sua maioria, resistente ao antibiótico, até chegar em um ponto que este torna-se inócuo. Os cientistas são forçados então a descobrir um novo composto que ataque essas "super-bactérias". Mas como surgiram tais bactérias resistentes? Simples: mutações. Em um conjunto populacional as mutações são um dos dois fatores da evolução (o outro é a seleção). A primeira vem de forma rápida, a segunda é extremamente lenta e gradual. Mas a combinação é perfeita e funciona mesmo, exatamente como no caso das bactérias. Em um conjunto grande de espécimes, um pequeno grupo sofreu uma certa mutação, que até então não lhe trazia nenhum benefício. Ao se depararem com o agressor (o antibiótico), esta mutação apresentou-se útil e elas foram favorecidas com a sobrevivência. Essa é a questão: as mutações não ocorrem devido a forças externas. Elas ocorrem sim, ao acaso (exceto em casos raros como influência da radiação). Se a mutação favorecer a sobrevivência, ela será passada para a frente. Se não favorecer, é eliminada. Viram, mesmo aqueles que não simpatizam com as teorias do velhinho inglês aí de cima, têm em seu corpo um palco para elas. Que ironia, hein?

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